segunda-feira, 29 de agosto de 2011



Um pouco de Clarice Lispector...

*Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.

*Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.

*Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.


*Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

*O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?

*E se me achar esquisita,respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

*É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo

*É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão poerfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade.

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